sexta-feira, 15 de março de 2013

Intercolonial marca os 100 anos da colonização japonesa no Vale do Ribeira

Basta caminhar um pouco pelas ruas da cidade de Registro, no Vale do Ribeira, em São Paulo, para constatar a influência dos japoneses, seja nos traços facilmente vistos em praticamente todos trabalhadores do comércio ou nos sobrenomes escritos nas fachadas dos consultórios médicos.

Mantendo a tradição, o local da 63ª edição do Campeonato Brasileiro Intercolonial de Tênis de Mesa não foi escolhido por acaso. O evento marca a comemoração do centenário da colonização japonesa nos municípios de Registro, Iguape e Sete Barras.

Registro foi fundado nos tempos coloniais, durante a exploração do ouro, para cobrança do dízimo devido à coroa Portuguesa. Daí o nome de Porto do Registro. Após a descoberta de outras jazidas em Minas Gerais e Goiás levaram os aventureiros a debandarem da região, passando por uma fase de estagnação.

A região só voltou a se desenvolver a partir de 1917, quando, através da companhia ultramarina Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha (foto), chegaram à região cerca de duas mil famílias japonesas, concentrando-se grande parte em Registro.

A lavoura de arroz, embora já praticada anteriormente, expandiu-se com os japoneses, também responsáveis pela introdução do plantio de chá, que se tornou a riqueza da região. O Vale do Ribeira, localizado entre dois grandes centros São Paulo e Curitiba, não possuía ligação terrestre com os mesmos.

O comércio era realizado por via fluvial através de Iguape, o que encarecia os produtos da região. A partir da construção da Rodovia Regis Bitencourt - BR 116 surgiu um novo ciclo de desenvolvimento da área, destacando-se Registro como um dos mais promissores centros.

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